A Comunhão espiritual é o piedoso desejo de receber Jesus nas
nossas almas.
Quando, por motivos de força maior, não podemos receber
sacramentalmente a Sagrada Comunhão, podemos recebê-la espiritualmente com
todos os seus frutos, através da Comunhão espiritual. Esta foi vivamente
recomendada pelo Concílio de Trento e praticada por todos os santos.
A Comunhão espiritual é uma fonte inesgotável de graças para quem
a pratique fervorosa e frequentemente. Mais ainda, com uma Comunhão espiritual
muito fervorosa podemos receber maior quantidade de graças do que por uma
Comunhão sacramental praticada com pouca devoção e amor a Deus. Outra vantagem
da Comunhão espiritual é a possibilidade de ser praticada muitas vezes, em
qualquer circunstância da vida e a qualquer hora do dia ou da noite,
contrariamente à comunhão sacramental que só se pode receber uma vez por dia.
Além disso, as Comunhões espirituais ajudam a fazer com maior fruto as
comunhões sacramentais. Não existe nenhuma fórmula prescrita para fazê-la nem é
necessário recitar nenhuma oração vocal. Um ato interior pelo qual se deseja
receber a Jesus sacramentado é suficiente.
No entanto, é conveniente que a comunhão espiritual seja
precedida:
- de um ato de fé pelo qual renovamos a nossa firme convicção na presença real de Cristo na sagrada hóstia, com o Seu corpo, sangue, alma e divindade. Este ato de fé é uma excelente preparação para comungar tanto sacramental como espiritualmente;
- de um profundo desejo de receber a Cristo sacramentalmente e de estarmos intimamente unidos a Ele. Neste desejo consiste formalmente a comunhão espiritual;
- de atos de adoração, de arrependimento dos pecados, de amor e de ação de graças.
Devemos, ainda, pedir a Deus que nos conceda, espiritualmente, os
mesmos frutos e graças que nos daria se recebêssemos realmente a Jesus na
Sagrada Comunhão. Estes atos podem ser sintetizados assim:
Ó meu bom Jesus, que estais vivo, real e verdadeiramente presente
no Santíssimo Sacramento do altar, como outrora sobre a Cruz, eu vos adoro com
profunda reverência e devoção, vos amo com todo o meu coração e, porque vos
amo, arrependo-me de vos ter ofendido. Vinde agora à minha alma que vos deseja
receber e unir-se a Vós. Abandono-me, completamente, nas vossas diviníssimas
mãos ó amabilíssimo Jesus. Não permitais que me separe de VÓS.
Como já anteriormente referi, a Comunhão espiritual pode ser feita
muitas vezes ao dia, dentro e fora da Igreja, numa visita ao Santíssimo
Sacramento, antes ou depois das refeições, depois do exame de consciência e nos
dias em que não se comunga sacramentalmente.
Todos os que não comungam sacramentalmente deviam, ao ouvir a
Santa Missa, fazer uma Comunhão espiritual. Naturalmente, o momento mais
oportuno para fazê-lo é quando comunga o sacerdote. Quem está em pecado mortal,
deve fazer, previamente, um ato de contrição a fim de receber os frutos da
Comunhão espiritual.
Para quem se encontra, infelizmente, sem poder assistir ao Santo
Sacrifício, a Comunhão espiritual é uma excelente prática de amor a Jesus
sacramentado e de união com o Seu corpo místico.
Façamos, então, muitas e fervorosas comunhões espirituais durante
o dia, a fim de que o nosso Divino Redentor venha habitar nas nossas almas e
nos nossos corações, purificando-nos de toda a iniquidade renovando-nos
interiormente, fortalecendo-nos e libertando as nossas almas da escravidão do
pecado. (Autor desconhecido).
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