Comungar não se
resume em engolir a hóstia consagrada, o verdadeiro milagre acontece, tanto na
comunhão em espécie ou na comunhão espiritual quando assumimos o nosso dever de
cristão assumido no batismo.
Viver a nossa comunhão
com cristo pode incomodar, estamos preparados para lidar com as reações
alheias? Que tamanho tem o meu projeto de ser cristão? Quando alguém reage
contra a nossa missão é porque a nossa ação teve um efeito, causou um movimento
no interior do outro e isso é muito melhor do que a estagnação.
Se olharmos a ação de
Jesus Cristo, foi isto que ele causou, uns lidavam com isso amando e seguindo
seus passos para aprender, como fonte de esperança. Outros os perseguiam, vendo
nele uma ameaça, cheios de armadilhas.
Assumir que somos
seus discípulos, é estar prontos para as ondas de amor e ódio que a verdade de
Jesus provoca nas pessoas e glória a Deus por isso, sinal de que a nossa
comunhão está sendo vivida.
Quando falamos em
perigo, não falamos em violência, mas em movimento, é viver a verdade que Jesus
nos deixou. Nos conduz em um compromisso com todo o contexto sociocultural que
estamos vivendo. É se comprometer com Jesus Cristo em todos os instantes da
nossa vida. É se inquietar diante da missão assumida, é provocar movimento no
outro. É levar a comunhão para a ação direta com o meu próximo.
Quando um cristão se
cala, sua comunhão não é vivida, como pode-se aceitar calado os obstáculos que
a vida oferece sem lutar pelos direitos dos nossos irmãos. Somos uma unidade,
não é possível fechar os olhos baseados nos nossos medos. A missão de
evangelizar precisa ir além dos meus limites. Força e sustento para esse
incomodo, para se tornar um perigo está no nosso chamado para que Jesus Cristo
venha e permaneça em nós. Com ELE, para ELE e por ELE, para viver o seu amor,
anunciar a verdade é preciso se tornar um perigo!
Angela
Aparecida Cassemiro Del Rey
24-10-2014